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O Poder da Música no Cérebro | Clube da Música - Daniel Imenes & Cia.


Para uma boa compreensão do artigo é necessário uma breve explicação sobre os elementos musicais. A música é composta por três elementos básicos: Harmonia, Melodia e Ritmo. Harmonia é o conjunto agradável de notas musicais (acordes, exemplo violão), melodia são notas tocadas separadamente (piano, sax, voz) e ritmo é a noção métrica-temporal da música (batida, exemplo bateria).

O processamento musical envolve 3 etapas: percepção musical, reconhecimento e emoção. Córtex auditivo primário e o giro temporal superior são áreas responsáveis pela percepção musical. O córtex primário é sensível a percepção do tom, enquanto o de associação auditiva é sensível aos processamentos mais complexos lineares como a melodia e não lineares como a Harmonia. O ritmo é processado no cerebelo, nos gânglios basais e nos lobos temporais superiores. O reconhecimento musica e a emoção envolve o orbito-frontal e o sistema límbico, eles estão envolvidos com a memória musical e com as emoções ligadas a música.

Divisão do encéfalo de acordo com seus córtex funcionais.


A música ativa muitas áreas cerebrais.

O aumento do raciocínio humano provocado pela música foi chamado de “Efeito Mozart” , descoberto em 1993 por Rauscher em um estudo onde foram analisados estudantes universitários expostos á Sonata de Mozart por 10 minutos. Esse experimento foi comprovado em ratos, quando expostos à sonata na vida uterina ou quando recém nascidos, obtinham maior desempenho ao se orientarem no labirinto em T, diferentemente dos que não eram expostos.

A música possui um alto potencial terapêutico ainda não conhecido em sua totalidade por conta da falta de estudos na área da musicoterapia. Essa ciência já foi usada para melhoras cognitivas em doenças como Parkinson, demência senil e hiperatividade. Na epilepsia foi comprovado por meio de um estudo que incluiu 11 crianças de Taiwan com idade entre 2 a 14 anos com epilepsia refrataria. O estudo comparou as crises 6 meses antes do tratamento e 6 meses durante a exposição. Foi constatado em 73% das crianças obteve uma melhora de 50% nas crises e em 2 pacientes a inexistência de crises durante o tratamento. A música pode promover a liberação de dopamina inundando assim os sistemas dopaminérgicos receptores de D2. Em pacientes com epilepsia do lobo temporal, a inundação de dopamina pode potencialmente se comportar como um anticonvulsivante.

A música esta presente em nosso cotidiano influenciando nosso comportamento seja em uma loja ou em um elevador onde não vemos o tempo passar, em uma festa ou em qualquer lugar onde esteja, participando na interligação de memórias de situações passadas e na construção de novas memórias. Uma arte milenar que não deve ser vista apenas como arte, mas sim como ciência. Os estudos já provaram o poder que a música exerce sobre quem ouve e quem pratica. Temos que aprofundar os estudos nessa ciência para descobrirmos a forma certa de utiliza-la para fins terapêuticos.



Fonte: Ciência e Cognição


Clube da Música - Daniel Imenes & Cia.: escola de música no Recreio, RJ.

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