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O Violão e Sua Origem


Escola de Música no Recreio | Clube da Música - Daniel Imenes & Cia.

Uma casca de tartaruga fechada com couro de boi, tendo como cordas as tripas de um carneiro esticadas: assim era o antepassado mais remoto do violão, na Grécia de 2000 a.C.

Foi este rústico instrumento chamado chelys que, com o passar do tempo, transformou-se na lira – que, por sua vez, ganhou o nome de guitarra romana durante o Império dos Césares. “Esta versão do instrumento praticamente desapareceu com a decadência de Roma”, afirma Maurício Monteiro, musicólogo do Departamento de História da USP. “Mas ele ressurgiu, bem mais parecido com o violão atual, na Arábia do século 8, quando foi acrescentada a caixa de ressonância em forma de pêra”.

Este era o alaúde que, com as invasões árabes na Península Ibérica, acabou adotado pelos europeus sob o nome de guitarra mourisca. Foram, então, os povos ibéricos que reduziram seu tamanho, alteraram a caixa de ressonância para o seu formato atual, parecido com o número oito, e o rebatizaram de vihuela – a popular viola.

Nesta época, entre os séculos 10 e 12, ela se distinguia do violão de hoje por ter vários furinhos entalhados na caixa de ressonância, em vez de um único buraco – a roseta – , como o instrumento ficou mundialmente conhecido.

A partir da vihuela, o violão de antigamente, surgiu outro conhecidíssimo instrumento: a guitarra elétrica.

 

No Brasil temos a introdução da viola (instrumento de 10 ou 5 cordas duplas) trazida pelos portugueses durante a colonização do país. Por certo tempo ainda houve uma confusão em relação aos termos viola/violão no país, hoje, porém a discrepância entre os dois instrumentos é notória.

A utilização do violão é umas das mais diversificadas, podendo ser utilizado tanto na música instrumental (orquestras), quanto em acompanhamento da voz (canções solo). Por um período da história o violão foi difamado devido a ser instrumento preferido dos boêmios e seresteiros, levando o título de “instrumento marginal”, “coisa de vagabundo”, no entanto esse fato já foi superado.

O país cultivou sua própria safra de violonistas, podendo citar entre eles: Clementino Lisboa que iniciou as apresentações de violão em público, apresentando o instrumento para a elite carioca; Joaquim Santos que foi o fundador da revista “O violão”; Aníbal Sardinha o precurssor da bossa-nova. Podemos citar ainda, Jorge do Fusa, Américo Jacomino, Nicanor Teixeira, Egberto Gismonti.

A música brasileira para violão tem por base a pequena obra de Villa-Lobos (importante violonista nacional) que conta basicamente com 12 estudos de violão.


👉 Curiosidade: somente no Brasil existe a palavra “violão”. No resto do mundo, as pessoas se referem a este instrumento por “guitarra”. Já a “nossa guitarra”, para todo o resto do mundo, é a “guitarra elétrica”, realidade que gera confusão em muitas pessoas. 😊 Fonte: Super Interessante | Info Escola | Clube da Música - Daniel Imenes & Cia.: a escola de música no Recreio, RJ.

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